sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um Natal Diferente - Texto Colectivo

Era uma vez um menino chamado Guilherme que vivia num orfanato, numa cidade pequena. O Guilherme não gostava do Natal e nem tinha uma árvore de Natal como todos os outros colegas.
Um dia, no orfanato, surgiu a oportunidade de fazerem uma visita à fábrica dos brinquedos do Pai Natal, no Pólo Norte. Todos os seus amigos ficaram contentes, mas o Guilherme não queria ir.
Muito se esforçaram para o convencer, mas o Guilherme era resistente e a todos dizia:
- O Pai Natal não existe, é uma fantasia para bebés. Eu já tenho 9 anos e não acredito nisso! O Pai Natal, ou seja lá quem ele for, é só um Homem de barbas brancas e barriga de almofadas a querer enganar as crianças.
O Lucas, um dos seus colegas, tentando convencê-lo disse.
- Vamos fazer uma aposta. Nós vamos até ao Pólo Norte e se o Pai Natal existir passamos o Natal juntos e prometes que ficas feliz; se o Pai Natal não existir podes regressar feliz por teres toda a razão.
- Eu não gosto de fazer apostas! – Disse o Guilherme.
- Se não aceitares significa que tens dúvidas e que nós podemos ter razão. Vá lá Guilherme, vem connosco, vai ser divertido!
E lá foram eles!
Depois de uma longa viagem, o Guilherme estava muito nervoso. Percorreram longos quilómetros de neve pela floresta gélida e fria, até que avistaram uma placa que dizia: “Bem-vindos ao mundo da fantasia, onde os sonhos se tornam realidade.”
Concluíram que era a casa do Pai Natal. Bateram, bateram, mas ninguém abriu. Espreitaram e viram um homem de barbas brancas sentado num cadeirão a chorar! Um duende saltitão não parava de lhe colocar um creme nas bochechas.
Eles entraram e perguntaram:
- O que aconteceu?
O Homem (que era o Pai Natal) muito choroso explicou:
- Vejam o que me aconteceu! Estava eu preparado para distribuir os presentes aos mais necessitados no Brasil, quando me apercebi que estava um calor abrasador. No
Brasil está Verão nesta altura do ano. As minhas bochechas ficaram vermelhas e estão a arder muito. O pior é que estou sem forças para distribuir o resto dos presentes pelo mundo.
- Eu já sabia! É mesmo uma ilusão. – Disse o Guilherme.
O Lucas, nada convencido. Perguntou:
- Podemos fazer alguma coisa para ajudar? Nós viemos até cá para vermos como era a noite mágica e se o que contam é verdade.
- OK! Têm oportunidade de ver como funciona a minha fábrica e como faço a distribuição dos presentes.
O Pai Natal enviou um grupo de meninos para a fábrica, outro grupo para os embrulhos, outro para os carregamentos e olhou para o Lucas e para o Guilherme e disse:
- Guilherme, com a ajuda do teu amigo Lucas vais ter um Natal diferente! Saltem para o trenó e preparem-se para concretizar o sonho de muitas crianças!
- Não acredito! Como pode isso ser verdade se os meus desejos nunca foram concretizados.
- Vai e quando regressares vais perceber!
O Guilherme e o Lucas entraram no trenó e como por magia começaram a voar. Distribuíram os presentes pelos cinco continentes: África, Europa, Ásia, América e Oceânia. Todas as crianças mais necessitadas receberam um presente.
De regresso, o Guilherme olhou para o Lucas e disse:
- O meu sonho acabou de ser concretizado. Foi a Noite mais feliz da minha vida. Agora acredito que o Natal existe e que o mais importante não é o que recebemos mas sim o que damos!
Quando chegaram, os seus colegas, os duendes e o Pai Natal esperavam repletos de alegria e com a sensação de missão cumprida.
Ao sair do trenó o Pai Natal deu ao Guilherme e ao Lucas uma pequena árvore de Natal para que todos os Natais, quando olhassem para a árvore, se lembrassem de fazer alguma coisa diferente e especial pelos outros.


 
4ºB

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